sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Qual o preço dos “Defensores de Deus”


“As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.”, esta foi a resposta de Jesus quando alguém se propôs a segui-lo e Jesus conhecendo o seu coração, sabia que as suas razões para querer segui-lo eram por interesses pessoais, esta é a razão de Jesus ter respondido desta maneira, “as raposas” eram os herodianos uma facção política que lutava pela libertação de Israel da submissão romano, e por usarem de emboscadas e esperteza para atacar os inimigos romanos, ficaram conhecidos como “raposas”, e as “aves do céu”, representa o império romano que era representado pela águia, ou seja, é como se Jesus estivesse dizendo para aquele homem “ se você quer honra e gloria pessoal, não é comigo que você vai encontrar, procure os herodianos ou os romanos”.
 É incrível como pessoas que se apresentam como representantes de Deus e até mesmo como “defensores de Deus”, não conhecem a palavra dele, pois se conhecem, certamente não seriamos obrigados acompanhar através da mídia, lideres evangélicos se digladiando através de programas de rádio e televisão, cada um em busca de maior espaço no futuro governo, usando como desculpas a defesa dos princípios cristão, quer dizer, “os defensores de Deus”, ficamos nos perguntando, qual é o preço desses “defensores de Deus”? Será que realmente estão preocupados com a questão do aborto, casamento homossexual e outras bandeiras de luta cristã? Ou será que por trás destes engajamentos tão acirrados escondem outros interesses escusos? Como cargos, prestigio pessoal, Concessões de rádio e TVs, etc...
 O que mais preocupa é que o objetivo de Jesus ter vindo a terra, tomado a forma de homem e oferecer a sua vida na cruz do calvário, foi para salvar a humanidade da condenação eterna, e infelizmente isto tem sido relevado a um terceiro ou quarto plano, a prioridade de muitos lideres evangélicos tem sido os próprios interesses pessoais, e planos megalomaníacos, que nada têm a ver com a realidade da pregação do evangelho.
Alguém pode dizer que temos que estar antenados com as coisas da política e de outros aspectos da vida social, seria hipocrisia dizer que devemos ficar alheios ao mundo ao nosso redor, é impossível nos mantermos nulos diante das realidades do dia a dia. O que questionamos é se é preciso tanto engajamento, tanta volúpia em defender os seus candidatos em detrimento da pregação das boas novas de salvação, e o mais interessante é que todos se apresentam como legítimos “defensores de Deus”, e volto a reafirmar, Deus não precisa de defensores, gostaria de concluir deixando uma pergunta para a reflexão de todos, se Jesus estivesse fisicamente entre nós, estaria pregando o evangelho, para tirar as almas da condenação eterna, ou estaria preocupado com questões efêmeras e volúveis, entrando com unhas e dentes na defesa de determinados projetos políticos? Reflitam.
 Sebastião Luiz de Sena. (bastiaosena@oi.com.br)

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