segunda-feira, 1 de junho de 2015

Existe Condição para Perdoar?


E disse: Um certo homem tinha dois filhos; E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos. E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se. E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças. E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo. Mas ele se indignou, e não queria entrar. E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos; Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado. E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas; Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se. (Lucas 15:11-32) 

Essa passagem é uma das histórias mais conhecida da Bíblia. Trata sobre um filho que de forma ingrata pediu a sua herança, foi embora de casa, gastou tudo de forma irresponsável, e depois se arrependeu e voltou para a casa do pai pedindo ajuda. 

 Será que esse filho merecia perdão por tudo que fez? Quando examinamos o texto, percebemos que a atitude do pai é bem diferente da do filho. O pai perdoa de forma incondicional. 

 Quando alguém passa dos limites, roubando ou matando, normalmente achamos que essa pessoa merece total punição, e é verdade merece mesmo. No entanto o amor de Deus é capaz de perdoar e recuperar uma pessoa assim. Não existe caso perdido para Deus. 

A história também menciona, um outro filho, o mais velho. E como somos muitas das vezes parecidos com ele. Não desejamos a recuperação, apenas a condenação daquele que erra. Deus, porém, quer nos ensinar que, se ele for usar apenas a sua justiça, nós seremos igualmente punidos, pois ele conhece o nosso coração, as nossas intenções e os nossos segredos. 

 Percebemos nessa passagem bíblica que o filho mais velho assim como seu irmão também esta longe do pai. E que ambos precisam do perdão do pai. Ainda podemos aprender três lições nesse texto: 

A primeira lição é que assim como o filho mais velho, ficamos revoltados diante da possibilidade da recuperação de um pecador. Muitas das vezes clamamos apenas pela justiça, mas esquecemos de orar pela transformação daquele que errou. 

A segunda lição é que existem dois tipos de pecadores: O primeiro são os socialmente aceitáveis, retratado na pessoa do filho mais velho, que vivem uma vida de aparência, mas no fundo estão tão distante do pai. O segundo são socialmente condenáveis, esses são mais visíveis, vivem com atitudes reprováveis. Mas em ambos os casos a graça de Deus restaura a sua conduta. 

A terceira lição o caminho recomendável para todos que vivem uma vida de erros é voltar para o Pai. Não existe pecado que Deus não perdoa. Não existem pessoas que Deus não transforme. Basta corremos como o filho mais novo para os braços do nosso Pai celeste. 

Pastor Fábio Guilhermino.

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