segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Saúde realiza mobilização para testagem de HIV



O Ministério da Saúde, em parceria com estados, municípios e sociedade civil, irá realizar uma mobilização nacional para testagem de sífilis, HIV e hepatites virais (B e C). Durante 10 dias, todas as pessoas que desejarem saber sua condição podem procurar as unidades da rede pública e os Centros de Testagem e Aconselhamento – CTA, em todo o país. A estratégia faz parte das ações que marcam o Dia Mundial de Luta contra a Aids, lembrado em 1º de dezembro, e que foi apresentada nesta terça-feira (20) pelo ministro da Saúde Alexandre Padilha.

Entre as ações, está o lançamento do novo boletim epidemiológico, que traz, como novidade, a inclusão de informações sobre monitoramento clínico dos pacientes, carga viral, contagem de CD4 (situação do sistema imunológico) e tratamento. A ampliação da testagem no pré-natal é um dos destaques. Estudo do Ministério da Saúde com parturientes indica que, em 2004, 63% das mulheres gestantes realizaram o teste. Entre 2010 e 2011, esse índice foi de 84%, um aumento de 21 pontos percentuais. 

O boletim mostra ainda queda de 12% no coeficiente de mortalidade padronizado (número de óbitos para cada 100 mil habitantes utilizando-se uma população padrão). A taxa de 6,3 óbitos por 100 mil habitantes em 2000 caiu para 5,6 em 2011.
Cerca de 70% dos pacientes que vivem com aids no Brasil, e que estão em terapia antirretroviral, apresentam cargas virais indetectáveis. Isso significa que as pessoas que têm a infecção e recebem medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão vivendo cada vez mais. "O Ministério da Saúde considerou como prioridade trabalhar, não apenas o dia de combate à Aids, como também essa ação de mobilização. A campanha serve para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce, com ampliação do acesso da população aos testes rápidos nas unidades básicas de saúde”, frisou o ministro da Saúde Alexandre Padilha.

FIQUE SABENDO -  A partir dessa quinta-feira até 1º de dezembro – as unidades da estratégia de mobilização “Fique Sabendo” estarão em todas os estados do país, oferecendo a testagem para HIV/aids, sífilis e hepatites Be C.  Com apenas uma gota de sangue colhida, o resultado do teste rápido sai em 30 minutos. A pessoa recebe aconselhamento antes e depois do exame, e em caso positivo, é encaminhada para o serviço especializado.

 “O diagnóstico precoce produz dois impactos positivos: o individual e o coletivo. Primeiro, é importante que o paciente saiba que está infectado, isso possibilita um tratamento eficaz e mais rápido, reduzindo os riscos e melhorando a qualidade de vida. Segundo, reduz a carga viral negativa. Viver com HIV não é simples, mas saber é muito melhor", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
Jarbas Barbosa

TESTE RÁPIDO- Desde a sua implantação em 2005, foi registrado aumento de 340% no número de testes ofertados (de 528 mil, 2005, para 2,3 milhões, em 2011). De janeiro a setembro deste ano, já foram distribuídas 2,1 milhões de unidades do exame. A expectativa é fechar 2012 com a remessa de cerca de 2,9 milhões, apenas para detecção do HIV.
 Para a Mobilização Nacional, o Ministério da Saúde enviou às capitais, 386.890 testes rápidos para HIV, 182.500 para sífilis, 93 mil para hepatite B e 93 mil para a C. No total, foram 755.390 unidades de insumos, conforme a solicitação de cada estado. Os testes rápidos para diagnóstico de HIV/aids, hepatites virais e sífilis estão disponíveis, gratuitamente, em toda a Rede Pública de Saúde.
A realização do teste é recomendada para toda a população, especialmente para alguns grupos populacionais em situação de maior vulnerabilidade para a infecção pelo HIV, como homens que fazem sexo com homens (HSH) (54%), mulheres profissionais do sexo (65,1%) e usuários de drogas ilícitas (44,3%). Isso porque a epidemia no Brasil é concentrada e o país focaliza, prioritariamente, as ações de prevenção do governo federal nessas populações.

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS – A taxa de incidência de aids no Brasil tem se mantido nos mesmos patamares, nos anos recentes, embora apresente diferenças regionais. Esses e outros dados epidemiológicos da aids serão destaques do Boletim Epidemiológico que será lançado no dia 1 de dezembro, com números atualizados até junho de 2012.  Os dados apontam que a taxa de incidência da aids no Brasil, em 2011, foi de 20,2 por 100.000 habitantes. Nesse ano, foram registrados 38,8 mil casos novos da doença. O maior volume de casos continua concentrado nos grandes centros urbanos.
 A região Sudeste apresenta redução nas taxas de incidência de aids de 27,5 casos (para cada 100 mil) -  em 2002 - para 21,0 em 2011.  Nas regiões Sul, Norte e Nordeste, há leve tendência de aumento. O Centro-Oeste apresenta comportamento similar ao Brasil, ou seja, a epidemia continua no mesmo patamar.
 A taxa de prevalência (percentual de pessoas infectadas pelo HIV), em 2010, foi estimada em 0,42%. Em relação à mortalidade por aids, o país apresentou média de 11.300 óbitos por ano na última década. O coeficiente de mortalidade padronizado (número de óbitos para cada 100 mil habitantes utilizando-se uma população padrão) vem apresentando queda. Enquanto em 2000, era de 6,3, em 2011 o número registrado foi 5,6, o que representa redução de 12%. O diagnóstico precoce seguido do acesso, em tempo oportuno, à terapia antirretroviral explica a queda de óbitos em decorrência da aids.

MONITORAMENTO - O aumento do diagnóstico tem se refletido no crescimento da proporção de indivíduos HIV positivos que são identificados precocemente. Em 2006, 32% dos pacientes chegavam ao serviço de saúde com contagem de CD4 superior a 500 células por mm3, o que indica que o sistema imunológico do paciente ainda não está comprometido. Em 2010, esse percentual subiu para 37%.
A incorporação de novos medicamentos no tratamento contra a aids também tem contribuído para diminuir as estatísticas de óbitos em consequência da infecção. Em 2010, a etravirina passou a ser oferecida no SUS para pacientes com resistência aos outros antirretrovirais. Já o tipranavir foi incluído no rol de medicamentos disponíveis no país, desde o ano passado. É o primeiro antirretroviral de resgate terapêutico que poderá ser utilizado por crianças de 2 a 6 anos de idade.
Em outubro desse ano, o Ministério da Saúde assinou acordo com os laboratórios Farmanguinhos, Fundação Ezequiel Dias e Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco para a fabricação da dose fixa combinada (uma só pílula) dos antirretrovirais tenofovir, lamivudina e efavirenz, o chamado tratamento 2.0. A iniciativa vai facilitar a adesão do paciente ao tratamento da aids, seguindo tendência mundial de simplificar os esquemas de terapia. A expectativa é que o comprimido único já esteja disponível no SUS em 2013.
O Ministério também está incorporando, como parte do arsenal terapêutico de medicamentos de terceira linha (esquemas de resgate para pacientes que não responderam satisfatoriamente aos de primeira e de segunda linha), o maraviroque. O antirretroviral pertence a uma nova classe de medicamentos e, inicialmente, irá beneficiar 300 pacientes no país, a partir de próximo ano. Será o quinto antirretroviral de terceira linha disponibilizado pelo governo.

CAMPANHA – O tema da campanha pelo Dia Mundial de Luta contra a Aids deste ano irá destacar a importância de se realizar o teste, tendo como porta-vozes pessoas que vivem com HIV/aids. A estratégia prevê veiculação de mensagens de promoção ao diagnóstico de HIV, com base nos direitos humanos e no combate ao estigma e preconceito. A divulgação nacional será feita em TV, rádio, salas de cinema e internet.
 As mensagens irão mostrar que o teste é um processo seguro, sigiloso e acessível na rede pública. Os protagonistas da campanha, que vivem com HIV e descobriram sua sorologia por meio do teste, irão incentivar a realização do exame. A campanha terá a seguinte abordagem: “Eu vivo com HIV e sei disso. A diferença entre nós é que você pode ter o vírus e não saber. Vá à unidade de saúde e faça o teste de aids”.
Das 530 mil pessoas que vivem com HIV no Brasil atualmente, 135 mil desconhecem sua situação e cerca de 30% dos pacientes ainda chegam ao serviço de saúde tardiamente.
O público alvo é a população em geral, especialmente a que vive em situação de maior vulnerabilidade, como homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis e profissionais do sexo. A campanha também incentiva os profissionais de saúde a recomendarem a testagem aos pacientes, independente de gênero, orientação sexual, comportamento ou contextos de maior vulnerabilidade.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Políticos Brasileiros são os mais caros do Mundo

É Revoltante para o povo brasileiro saber que estas pessoas que se apresentam como nossos representantes, tentaram camuflar esta reportagem, que só foi exibida no Bom Dia Brasil e logos os"nossos representante", usaram o poder e a conivência da Rede Globo para esconder a matéria que não mais foi divulgada.
Vale salientar que apesar deste custo altíssimo, eles sequer trabalham, pois, são uns sangue suga que só advogam em causa própria ou de interesse dos seus patrocinadores e nunca da população.

Veja o Vídeo e diga como se sente


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

ARTE DE CULPAR OS OUTROS




“Um dia Sarai disse a Abrão: – Já que o Deus Eterno não me deixa ter filhos, tenha relações com a minha escrava; talvez assim, por meio dela, eu possa ter filhos…” (Gênesis 16.2).

Sarai e Abrão tinham recebido uma promessa da parte de Deus. Para que ela se cumprisse, eles deveriam ter um filho. Sarai era estéril e o tempo avançava. Um filho, só por milagre. Mas ela não conseguiu esperar e fez aquilo que muita gente ainda faz em nosso tempo: decidiu ajudar Deus. Decidiu “fazer o milagre”.  Não sem antes culpar Deus: “Já que o Deus Eterno não me deixa ter filhos…”. Quando um crente começa a culpar Deus vai se envolver em enrascadas, sem dúvida alguma. A racionalização culpabilizante é indício de que a vida espiritual vai mal. E que mais problemas surgirão.
Sua solução foi fácil. O escravo era uma coisa, propriedade do dono. O filho que Agar tivesse com Abrão não seria filho de Agar, mas de Sarai. Ela era dona da escrava e o filho da escrava também seria sua propriedade. Simples, não? Nós temos algumas soluções tão simples que nos impressiona que Deus não veja como deve fazer as coisas.

Deu errado, como era de se esperar: “Quando descobriu que estava grávida, Agar começou a olhar com desprezo para Sarai, a sua dona” (v. 4). Logo Sarai precisou encontrar alguém para culpar. Desta vez culpou o coitado do marido: “Aí Sarai disse a Abrão: -Por sua culpa Agar está me desprezando. Eu mesma a entreguei nos seus braços; e, agora que sabe que está grávida, ela fica me tratando com desprezo. Que o Deus Eterno julgue quem é culpado, se é você ou se sou eu!” (v. 5). Mais uma vez ela envolve Deus na sua embrulhada. Antes ele era o culpado e agora é o juiz que deve decidir (mas ela já decidiu quem está errado). E foi em frente. Além de culpar Abrão, maltratou Sarai: “Abrão respondeu: – Está bem. Agar é sua escrava, você manda nela. Faça com ela o que quiser. Aí Sarai começou a maltratá-la tanto, que ela fugiu” (v. 6).  E mais tarde ainda aumentou a carga sobre a escrava: “Certo dia Ismael, o filho de Abraão e da egípcia Agar, estava brincando com Isaque, o filho de Sara. Quando Sara viu isso, disse a Abraão: – Mande embora essa escrava e o filho dela, pois o filho dessa escrava não será herdeiro junto com Isaque, o meu filho” (Gênesis 21.9-10).


Sarai, mais tarde conhecida como Sara, não era uma pessoa fácil de se viver. Faz poucas intervenções, no relato bíblico, e sempre intervenções que não a elevam muito. Parece ter sido uma pessoa de temperamento difícil. Mesmo assim tornou-se uma das heroínas da fé. Na galeria dos heróis da fé, em Hebreus 11, só duas mulheres são mencionadas nominalmente. Ela e Raabe. Deus a usou e se agradou dela apesar daquilo que podemos julgar serem defeitos de temperamento.  Longe de ser um estímulo a não procurarmos ser pessoas melhores, isto nos mostra o que é graça. Deus usa pecadores imperfeitos, cheios de falhas, e glorifica seu nome na vida delas. 
O grande problema de Sarai, mais que seu temperamento, foi não saber esperar. É o problema de muitos crentes. Como um irmão que orava: “Ó Deus, dá-me paciência! Mas eu quero agora!”.

Jesus soube esperar. Satanás o tentou para pedir pão, quando ele teve fome: “Então o Diabo chegou perto dele e disse: -Se você é o Filho de Deus, mande que estas pedras virem pão” (Mateus 4.3). Sabemos como Jesus reagiu. Mas o mais enriquecedor é como a história terminou: “Então o Diabo foi embora, e vieram anjos e cuidaram de Jesus” (Mateus 4.11). O socorro já estava a caminho, quando Satanás se apresentou. Era saber esperar. Tivesse cedido à sua fome, o Salvador teria caído e com ele todo o propósito de Deus. Muitas vezes Satanás chega primeiro. É preciso prestar atenção.

Na cruz ele também soube esperar. Aqueles momentos de dor e de vergonha pareciam intermináveis. Mas a cruz era necessária. “Desça da cruz e creremos nele!”. Creriam nada!  Não havia atalhos para o plano de Deus. O caminho da fé passa pela cruz. Este é o grande problema de muitos crentes. Eles querem atalhos, caminhos abreviados, têm pressa. Querem tudo sem sofrimento. O Salvador foi obediente, cumprindo tudo, e esperando a ação do Pai. O resultado é conhecido: “Por isso Deus deu a Jesus a mais alta honra e pôs nele o nome que é mais importante do que todos os outros nomes, para que, em homenagem ao nome de Jesus, todas as criaturas no céu, na terra e no mundo dos mortos, caiam de joelhos e declarem abertamente que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus, o Pai” (Filipenses 2.9-11).

Nossas soluções podem ser as mais fáceis (aos nossos olhos). Satanás pode chegar primeiro. Não que seja prestativo, mas porque é voraz. A ação de Deus vem no tempo certo. Saiba esperar. “Ponha a sua vida nas mãos do Deus Eterno, confie nele, e ele o ajudará” (Salmo 37.5). Deus faz as coisas certas no tempo certo.

Pr Fábio Guilhermino da Silva