segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

UMA VIDA DISTANTE DA AVAREZA

 
“Seja a vossa vida isenta de ganância, contentando-vos com o que tendes; porque ele mesmo disse: Não te deixarei, nem te desampararei” (Hebreus 13.5). 

Segundo o dicionário online de português podemos definir avareza como “apego extremo ao dinheiro; cuja preocupação maior é juntar dinheiro”¹. 
Uma pessoa avarenta ama as coisas e usas as pessoas. É com essa preocupação que a Bíblia nas adverte sobre o perigo de colocar o nosso coração apenas no material, “Porque, onde está o vosso tesouro, ai estará também o vosso coração” (Lucas 12.34). 

O problema não é o dinheiro, mas, fazer do dinheiro a nossa vida, “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males, e alguns nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1Tm 6.10). Quero contar uma pequena história chamada A Caverna do Tesouro: 

Uma mulher pobre passeava com seu filhinho num bosque quando ouviu uma voz que vinha de dentro de uma caverna: 

- “Aqui dentro há muito ouro, prata e pedras preciosas. Pegue o que quiser”. 

Meio desconfiada, olhou no interior da caverna e constatou que, de fato, ela estava recheada de tesouros insondáveis. 

- “Posso mesmo pegar o que quiser?” 

- “Sim, mas, você poderá encher apenas uma sacola e terá apenas dois minutos para escolher o que quer levar. Depois deste tempo, saia correndo, pois a caverna se fechará para sempre com tudo que ainda estiver aqui dentro”. 

Premida pelo tempo e com tantas opções à sua frente, a mulher escolhia, juntava, trocava, destrocava, ajeitava os objetos na sacola, trocava novamente. 

- “Agora você tem apenas 10 segundos... 9, 8, 7...”. 

Ela pegou mais umas pedras preciosas. 

“Menos 6, 5, 4...”. 

Pegou mais uma bandeja de ouro e saiu correndo. Já do lado de fora, ainda teve tempo de assistir a entrada da caverna se transformando num imenso paredão de rocha. Olhou a sacola, avaliou o que havia conseguido juntar e concluiu que agora era uma mulher rica e iria poder dar ao seu filho uma vida melhor. 

- “Meu Deus... Meu filho! Meu filho, meu Deus, meu filho...” 

 A mulher começou a gritar. Na correria, esqueceu seu filho dentro da caverna. Para sempre!². 

Podemos tirar algumas aplicações para nossa vida como lições. 

Em primeiro lugar, uma vida de avareza torna o ser humano um escravo, e essa escravidão se reflete numa busca insaciável pelo dinheiro pelo lucro distanciando-o do propósito de glorificar a Deus. 

Em segundo avareza torna a pessoa insatisfeita, e essa falta de satisfação é algo gravíssimo, pois, dizemos a Deus com isso que não concordamos com o agir dele em nossa vida. 

E por ultimo, nunca deixe a correria da vida fazê-lo se esquecer das pessoas que você ama. A busca pelo dinheiro faz muitos não lembrar nem mesmo da sua família, imagina então em relação a Deus. Mas, como diz o texto de Hebreus Deus nunca nos deixa, somos nós que o deixamos. 

¹ http://www.dicio.com.br/ 

² Autor desconhecido 

Pastor Fábio Guilhermino

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

DE QUEM É A CULPA DO MEU FRACASSO?


“Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha. Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda” (Mateus 7:24-27) 

Acho que você já ouviu alguém expressar depois de um fracasso em sua vida a seguinte frase: “foi Deus que quis assim”. Mas esse tipo de pensamento nos leva a uma pergunta, “Será que podemos culpar, ou mesmo, responsabilizar a Deus pelos nossos fracassos, erros ou tragédias que nos acometem?”. 

Esse texto do evangelho de Mateus, responde essa pergunta, nos mostrando a importância de uma atitude que algumas pessoas têm deixando de lado, a prudência. Uma espiritualidade não pode jamais dispensar atitudes prudentes em seu comportamento. Se pararmos um pouco agora, chegaremos à conclusão que muitos de nossos problemas aconteceram, acontecem, ou acontecerão, porque não fomos prudentes em nossas decisões, escolhas e iniciativas. 

Por isso quero ainda enumerar algumas lições para nossas vidas à luz desse texto. 

Em primeiro lugar devemos buscar prudência para nossas decisões. O texto demonstra de forma que aquele que ouvi e obedece as palavras de Cristo toma as melhores decisões. No texto em questão esse tipo de pessoa é comparado como um homem prudente. 

Em segundo lugar o texto mostra que ninguém esta isento de problemas. Nesse texto deixa claro que as chuvas fortes vieram tanto para o homem prudente e o insensato. Mas a diferencia esta no desfeche final baseado nas ações. Um optou pela prudência em sua ações e outros, fez as coisas de qualquer forma sem pensar nas consequências. 

E por último, a culpa pelo nosso fracasso esta em nossa desobediência ao nosso Deus. Obedecer como diz o texto não é apenas ouvir, mas é também praticar, colocar em ação o que é aprendido. Tem muitas pessoas que até escutam, mas erram em não colocar em pratica aquilo que aprenderam. E por causa dessa atitude fracassam e afirmam “foi Deus que quis assim”. Ninguém pode tomar atitudes imprudentes e esperar que Deus seja obrigado a intervir, e resolva o problema que foi criado em um primeiro momento por mim. 

Temos que entender, que o próprio Deus, muitas das vezes, permiti que colhamos os frutos de nossas ações imprudentes. Não porque Ele seja um Deus injusto, mas pelo seu amor por nós, esses fracassos, serão lições para o nosso crescimento. 

Pastor Fábio Guilhermino

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O Anel do Professor


Um certo Jovem procurou o seu professor para um dialogo:

- Professor, eu me sinto um inútil. Não tenho força alguma. Dizem-me que não sirvo para nada... que sou lerdo... um completo idiota. Ajude-me, por favor. 

 O professor, sem olhá-lo, disse-lhe: - Sinto muito, meu jovem. Você me pegou num dia ruim. Estou tentando resolver um sério problema. Volte outra hora, por favor. 

 Quando o jovem já ia saindo, o professor lhe propôs: - Bem, se você me ajudasse, eu poderia resolver o meu problema mais rápido, daí a gente poderia conversar... - C... Claro, professor, gaguejou o jovem, bastante inseguro. 

 O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno e disse ao garoto: - Monte meu cavalo e vá até o mercado vender este anel. Preciso pagar uma dívida, mas, por favor, não o venda por menos que uma moeda de ouro. Vá correndo e volte o mais rápido que puder.

Mal chegou ao mercado, o jovem começou a oferecê-lo a todos que encontrava. Eles olhavam com algum interesse, mas, quando o jovem dizia quanto pretendia pelo anel, eles riam, volviam-lhe as costas, ignoravam-no. Somente um velhinho, vendo o sofrimento do rapaz, foi simpático com ele, e lhe explicou que uma moeda de ouro era muito dinheiro por aquele anel. Um outro, tentando ajudar, chegou a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem, seguindo as orientações do seu professor, recusou a oferta. Abatido pelo fracasso, montou novamente o cavalo e, muito triste, voltou para a casa do professor. 

Chegou mesmo a desejar ter uma moeda de ouro e comprar aquele anel, mesmo que não valesse tanto, somente para ajudar seu mestre. Ao entrar na casa, relatou:
- Professor, sinto muito, não consegui vender o anel. É impossível conseguir o que o senhor está pedindo por ele. Talvez eu possa conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas, não mais que isso. 
Não podemos enganar ninguém sobre o valor deste anel. - Você tem razão, meu amigo. Antes de tentar vender o anel, deveríamos, primeiro, saber seu real valor. Não queremos enganar ninguém, nem ser enganado, não é mesmo? Por favor, faça-me mais uma coisa: Monte novamente o cavalo e vá até o joalheiro; quem melhor do que ele para saber o valor deste anel? Diga-lhe que eu quero vendê-lo e pergunte quanto ele pode ofertar, mas, atenção meu amigo, não importa o quanto ele ofereça, não venda o anel ao joalheiro. Apenas pergunte o valor do anel e o traga de volta. 

 Ainda tentando ajudar seu professor, o jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro, então, lhe disse: 
- Diga ao professor que, se ele tem pressa em vender o anel, não posso lhe dar mais do que 8 moedas de ouro... - 8????? Perguntou o jovem. - Sim, replicou o joalheiro, posso chegar a lhe oferecer até 10 moedas, mas, só se ele não tiver pressa. 

 O jovem, emocionado, correu até a casa do professor e contou-lhe tudo. 
– 8 moedas de ouro, uau! – exclamou o professor, e rindo, zombou: - Aqueles homens no mercado deixaram de fazer um bom negócio, não é mesmo? 
– Sim, professor, concordou o menino, todo empolgado.  

Então, professor, perguntou o menino, o senhor vai vender o anel por 8 ou por 10 moedas? 
– Não vou vendê-lo, respondeu ele, fiz isso apenas para que você entenda uma coisa: 
 - Você, meu jovem, é como esse anel: uma joia valiosa e única. Mas, somente pessoas sábias podem avaliar seu real valor. Ou você pensava que qualquer um poderia avaliá-lo corretamente? Não! Não importa o que digam de você, o que importa é o seu real valor

 E, dizendo isso, colocou seu anel de volta no dedo. 

Todos nós somos como esta joia: únicos e valiosos. Infelizmente, passamos a vida andando por todos os mercados da vida, barateando nosso próprio valor, pretendendo que pessoas mal preparadas nos valorizem. Ninguém deveria ter a força de nos fazer sentir inferior, sem o nosso consentimento. Cada um de nós é especial, pois foi Deus que nos fez. 

 "Não se julguem melhores do que realmente são, ao contrário, sejam modestos nos seus pensamentos, e cada um julgue a si mesmo conforme a fé que Deus lhe deu". (Romanos 12.3) 

Fonte: Do livro Autoestima, de Miguel Angel Montoya e Carmen Elena Sol, Editorial PAX, México Colaborador: Ana M. Paim 


Muitas vezes nos sentimos desvalorizados, desprezados e nós angustiamos porque não somos valorizados, assim como o jovem da ilustração nós sentimos um "nada", mas lembre-se que isso não é verdade, porque o Deus criador dos céus e da terra, criador do universo ama você e ama tanto você que ofereceu o seu único filho em sacrifício por você. 

Se todas as pessoas do mundo lhe desvalorizar, saiba que Deus valoriza você. 

Que Deus nos abençoe