segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Dia Mundial sem carros é piada no Brasil

No dia 22 de setembro, cidades do mundo todo realizam o Dia Mundial sem Carro, o objetivo é estimular a reflexão sobre a dependência em relação ao automóvel e estimular formas alternativas de mobilidade.
Em cidades do mundo todo, são realizadas atividades em defesa do meio ambiente e da qualidade de vida nas cidades,na Europa, a semana toda é recheada de atividades, no que chamam de Semana Europeia da Mobilidade (16 a 22 de setembro).



É bom saber que o objetivo não é eliminar o uso do automóvel, mas o uso racional, incentivar ao uso sempre que possível de meio alternativos como caminhadas a pé, bicicleta, transporte coletivo, trens, metrôs e etc...

No Brasil muitas cidades realizaram eventos e mobilizações, mas infelizmente a participação é tão inexpressiva que pouco resultado acarreta, além daqueles que usam as redes sociais para ridicularizar o movimento e assim ficamos apenas em mais um dia de algumas poucas vozes silenciadas pelos motores do automóveis que superlotam as ruas das nossas cidades.

Um grande exemplo de como no Brasil soou como piada é que em São Paulo o motorista enfrentava o trânsito acima da média em São Paulo às 7h desta segunda-feira (22). O índice era de 68 km de ruas e vias congestionadas, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Para o horário, o esperado fica entre 31 e 65 km de lentidão.
São Paulo hoje as 7:00 da manhã

O tráfego continuou a subir até 8h30, quando atingiu 98 km de retenção. Após isso, o índice de tráfego começou a cair e registrava 91 km às 9h, considerando dentro da média para o horário.

Infelizmente esse será só mais um dia, pois, temos uma dependência tão grande do automóvel que jamais procuraremos imitar alguns países na Europa, onde o uso da bicicleta e transporte público é quase regra, aqui é exceção.

Sebastião Sena

Um Exemplo de Fé e de Coragem


“Pela fé caíram os muros de Jericó, depois de serem rodeados durante sete dias.
Pela fé a prostituta Raabe, por ter acolhido os espiões, não foi morta com os que haviam sido desobedientes”. (Hebreus 11:30-31)


A história de Raabe, a meretriz, é uma linda passagem das Escrituras que nos mostra a capacidade de Deus em proteger e guardar os que amam e confiam nele. Foi pela fé que Raabe auxiliou os dois homens que Josué, filho de Naum, enviou para o outro lado do Jordão, à cidade de Jericó, com a finalidade de espiarem as defesas dessa cidade, que era cercada de altas muralhas. Podemos extrair algumas lições para a nossa vida com essa linda história.


Primeiro Raabe confiou no poder de Deus.


Com isso, com a fé em Deus, confiou e adquiriu coragem para ajudar os dois espiões a escaparem dos guardas do rei de Jericó, demonstrando, com essa atitude, ser possuidora de um coração generoso e capaz de nobres atitudes. Quando nós confiamos em Deus, e exercermos essa fé, assim como Raabe somos capazes de atitudes generosas e nobres.


Em segundo lugar, 
Apesar de ter um comportamento reprovável, Deus não a julgou por isso. 


Deus não agiu na vida de Raabe pelo que ela merecia, mas agiu através da fé dela. mas recompensou-a pela sinceridade de seu coração, pela fé e boa vontade. Com isso percebemos, que a fé em Deus, nos trás a consciência de nossos pecados e alcançamos o perdão de Deus.


Terceiro lugar, assim com Raabe, Josué e seu povo tinham uma grande fé no Senhor.


E foi essa fé que fez desabarem as muralhas de Jericó depois de rodeadas por sete dias. Apenas Raabe e sua família se salvaram, receberam a proteção divina, devida a sua fé e amor a Deus e ao próximo. Um sentimento religioso sem uma fé em Deus que percebida no amor ao próximo, é apenas uma expressão vazia de religiosidade.


Essa linda história de Raabe nos ensina que a fé em Deus tem um valor imprescindível. Pois diante dos problemas, somente o dom da fé nos coloca perto de Deus. Este sim, é o único lugar onde verdadeiramente ficamos seguros.


Pastor Fábio Guilhermino

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Ebola: Desafios e um novo Momento na Missão da Igreja



Jornais, rádios e emissoras de televisão estão noticiando a maior epidemia do vírus ebola. O surto está nos países do oeste africano: Guiné, Congo, Libéria, Serra Leoa e Nigéria. As notícias e imagens apavoram, pois a doença é letal, de fácil contágio, e o isolamento dos pacientes na quarentena mostra a seriedade com o que vírus deve ser tratado. Além disso, o mais grave são as vidas que estão sendo ceifadas nas diversas faixas etárias.
O ebola nos coloca frente a frente com a forma perversa em que estruturamos nossa sociedade. O ebola não se espalhou para além da África. Porém talvez a epidemia desperte a atenção e o pavor da comunidade internacional por ter vitimado americanos e europeus. Deixou de ser meramente um vírus restrito ao continente africano. O ebola tornou-se branco!
Outro fato interessante é que essa epidemia já era esperada. O surto de ebola começou no sul da Guiné, em dezembro de 2013. No começo deste ano, a organização Médicos Sem Fronteiras alertou que o surto poderia virar uma epidemia sem controle. Naquela época, os números ainda eram baixos, mas nenhuma providência foi tomada.
Médicos Sem Fronteiras atuou como os profetas da Bíblia (Isaías, Jeremias, Ezequiel) alertando sobre a gravidade do surto ao mundo. Somente ao atingir o número de 800 mortes e vitimar europeus e americanos, a OMS, a ONU, os governantes e os meios de comunicação começaram a entrar na campanha contra o ebola. Infelizmente, entraram tarde!
Os números das vítimas e a expansão da epidemia irão mostrar o pecado social da omissão, da exclusão social, do lucro financeiro que considera mais importante investir em pequisas de doenças e fabricar remédios que dão retorno financeiro ao invés de salvar o ser humano criado à imagem e semelhança de Deus.

Como cristãos, o que podemos fazer diante dessa crise?

Ao olhar o texto bíblico da reconstrução dos muros de Jerusalém, comandada por Neemias, identificamos duas atitudes nesse líder que nos encorajam à ação nessa atual epidemia de ebola.
Quando Neemias recebeu seu irmão Hanani, ele relatou para Neemias a situação caótica em que se encontrava Jerusalém: “O muro de Jerusalém foi derrubado, e suas portas foram destruídas pelo fogo” (Ne 1.3). A cidade sem proteção deixava o povo “em grande sofrimento e humilhação” (Ne 1.3).
Diante dessa notícia, Neemias chorou intensamente, choro da alma! Como seres humanos, devemos chorar ao ver tamanho sofrimento como o ebola. O choro nos sensibiliza diante da situação, torna a nossa consciência aberta a ouvir a voz de Deus.
Depois do choro, a primeira atitude de Neemias foi interceder a Deus pela situação pela qual estava passando o povo judeu (Ne 1.5-11). Esse é o momento exato de o povo de Deus interceder na família, nas células, nos cultos, pelo oeste africano. Quando a igreja intercede, ela está agindo!

A epidemia do ebola nos coloca diante de novos desafios. Como cristãos, igrejas locais e instituições missionárias, temos que buscar constante capacitação. Essa epidemia nos sinaliza que, se quisermos ser relevantes no contexto dos países do continente africano onde o ebola pode aparecer, precisamos incluir a prevenção como parte essencial da missão da igreja, pois prevenir significa ser as mãos de Jesus que salvam vidas criadas à imagem e semelhança do Pai.
Dias atrás, tivemos uma aula com o estudante de medicina Mário. Esse guineense foi fruto do trabalho missionário do pastor e médico Joed Venturini. A partir dessa palestra, estamos voltando animados para o sul de Guiné-Bissau, onde pretendemos participar junto à comunidade da prevenção do ebola.
Também traduzimos com o mentor cultural Upa o cartaz do ebola para o crioulo, que é a língua de comunicação do país. De acordo com os médicos que têm atuado nas áreas de epidemia, uma das maiores barreiras é a linguística, pois os cartazes estão publicados em português, francês e inglês. Essas línguas distanciam o povo da prevenção. É preciso falar nas línguas de comunicação maternas do oeste africano.
Agradecemos a Deus pelo cuidado da Junta de Missões Mundiais, que está monitorando todos os missionários da instituição no oeste africano. Também pedimos oração pelos missionários, professores e crianças do PEPE (programa socioeducativo) de Serra Leoa, apoiado pela JMM.

Mário Alexandre Lopes