A grande celeuma do momento no mundo político é a decisão da cúpula do PMDB de rever a MP do salário mínimo, pois, no dia 30 de dezembro, foi editada a medida provisória com o valor do mínimo para 2011, mantido em R$ 540.
O “X” da questão é: O PMDB está realmente preocupado com o ridículo aumento do salário mínimo? Ou estão apenas insatisfeitos com o quase insignificante quinhão que lhe coube no bolo governamental, tanto no primeiro como no segundo escalão?
O que nos revolta é que a tropa de choque do governo, já se mobiliza no intuito de vetar qualquer tentativa de aumento do salário mínimo, O ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou qualquer possibilidade, por parte do governo, de aprovar um novo aumento, e a desculpa é sempre a mesma, “vai estourar a previdência”.
O que não dá para entender é que no último dia de votação efetiva na Câmara, o plenário aprovou o projeto de aumento de 61,83% nos salários dos próprios parlamentares, de 133,96% no valor do vencimento do presidente da República e de 148,63% no salário do vice-presidente e dos ministros de Estado.
O projeto iguala em R$ 26.723,13 os salários dos deputados, dos senadores, do presidente da República, do vice-presidente da República e dos ministros do Executivo, esse é o mesmo valor do salário do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que serve como teto do funcionalismo público, sem levar em consideração que isto certamente traz um efeito cascata, efeito que já estamos vendo acontecer em todo o Brasil, pois, estes aumentos implicam em muitos outros aumentos ligados aos três poderes constituídos.
A pergunta que fazemos é: Esses aumentos "bondosamente" votados em menos de 8 minutos pelos deputados e senadores, não afetam em nada as contas do governo? Eu gostaria muito de que algum especialista fizesse esses cálculos e mostrassem em quanto implica para o governo esse aumento no salário mínimo e o impacto do aumento nos três poderes, inclusive daqueles que com pouco tempo de “serviço” nesses poderes já recebem aposentadorias bem gordinhas, fora os adicionais de "auxilio paletó, moradia, viagens, etc...Eu não me lembro de ter visto nenhuma mobilização do governo para vetar essa vergonha nacional.Sebastião Sena.
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