segunda-feira, 8 de abril de 2013

TORCEDOR SANGUE BOM:Ministério da Saúde mobiliza times para incentivar doação de sangue

A Meta é alcançar um milhão de doadores para prevenir baixas nos estoques no período de férias escolares e durante a Copa das Confederações
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, firmou, nesta sexta-feira (5), no Museu do Futebol, em São Paulo, parceria com times de futebol do país para incentivar a doação de sangue entre os torcedores brasileiros. A mobilização visa aumentar os estoques de sangue dos hemocentros, antecipando a possibilidade de baixa de doações no período de férias escolares no mês de julho. A medida também tem como objetivo estimular o agendamento de doações no mês de maio, para atender a população turística durante a Copa das Confederações. A meta é chegar a um milhão de doadores.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a mobilização começa neste sábado (6) com a torcida do Corinthians, mas a campanha é permanente. Outras torcidas já estão com seu calendário montado. “Doar sangue é um ato de vida, de solidariedade. Conclamamos a participação das torcidas de todo o país. Queremos que eles mostrem pela vida, a mesma paixão que têm pelo futebol ”, afirmou Padilha.


O diretor executivo do Museu do Futebol, Pedro Sotero, elogiou a iniciativa e reforçou a importância da parceria. “Com este ato, vamos salvar vidas de milhares de brasileiros”, ressaltou o diretor.
Cerca de 30 times brasileiros já aderiram à mobilização, como Santos (SP) Corinthians (SP), Flamengo (RJ), Vasco (RJ), Fluminense (RJ), Palmeiras (SP), Internacional (RS), Grêmio (RS), Paysandu (PA), Avaí (SC), Ponte Preta (SP), Portuguesa (SP), Coritiba (PR), Paraná (PR), Santa Cruz (PE), Sport (PE), Botafogo (RJ) e Ceará (CE) entre outros.A expectativa é que mais clubes participem das ações nas redes sociais, por meio dos perfis do Ministério da Saúde no Facebook, Twitter e Instagram. Os torcedores podem acessar e divulgar informações pela hashtag #torcedorsanguebom.
A ação visa ampliar o número de doadores voluntários de sangue no país para a manutenção dos estoques nos hemocentros. Atualmente, 2% da população brasileira tem o hábito de doar sangue e o número de coletas chega a 3,6 milhões de bolsas por ano no Brasil. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), o governo federal trabalha para chegar ao índice de 3%.

Participaram do evento, o secretário de Estado de Saúde de São Paulo, Giovanni Cerri; o secretário de Saúde do Município de São Paulo, José de Fillipi Júnior; o Secretário de Esportes, Lazer e Recreação do Município de São Paulo, Celso do Carmo Jatene; os presidentes dos clubes do Avaí, Corinthians e Palmeiras, além de representantes de outros times parceiros.

REDE PARA DOAÇÃO –O Sistema Único de Saúde (SUS) conta com 32 hemocentros coordenadores e 368 regionais, além dos núcleos de hemoterapia distribuídos em todo o país. Os torcedores e demais interessados em doar sangue devem procurar o serviço mais próximo de sua residência. O investimento do Ministério da Saúde na rede de sangue em hemoderivados chegou a R$ 610 milhões no ano passado. 
Os recursos foram aplicados no custeio do serviço, na qualidade da coleta e na modernização das unidades, inclusive com a implantação de tecnologias mais seguras. Para os próximos anos, há previsão de mais aporte de recursos, podendo chegar a mais de R$ 1,5 bilhão até 2014.
DOAÇÃO DE SANGUE

Quem pode doar
Para doar sangue é necessário apresentar documento com foto, válido em todo território nacional; ter peso acima de 50 Kg; ter idade entre 18 e 67 anos. Também podem doar os jovens de 16 e 17 anos, desde que tenham o consentimento formal do responsável legal.
Recomendações
Nunca vá doar sangue em jejum; faça um repouso mínimo de 6 horas na noite anterior à doação; não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores; evitar fumar por, pelo menos, duas horas antes da doação; evitar alimentos gordurosos nas três horas antecedentes à doação.
Quem não pode doar
Quem teve diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade; mulheres grávidas ou amamentando; pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como AIDS, hepatite, sífilis e doença de chagas; usuários de drogas.

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