segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Demagogia Eleitoreira

Estamos repostando um artigo do Dr. Drauzio Varela, médico que certamente dispensa apresentações. Ele faz uma sensata avaliação do programa do Governo Federal "Mais Médicos", por entendermos a coerência dos argumentos do Dr, Drauzio, achamos por bem compartilhar com os nossos leitores e ouvintes do programa Meu Nordeste para Cristo este importante artigo.
Dr. Drauzio Varela
A questão dos médicos estrangeiros caiu na vala da irracionalidade.
De um lado, as associações médicas cobrando a revalidação dos diplomas obtidos no exterior; de outro, o governo que apresenta o programa como a salvação da pátria.
No meio desse fogo cruzado, com estilhaços de corporativismo, demagogia, esperteza política e agressividade contra os recém-chegados, estão os usuários do SUS.

Acompanhe meu raciocínio, prezado leitor.
Assistência médica sem médicos é possível, mas inevitavelmente precária. Localidades sem eles precisam tê-los, mesmo que não estejam bem preparados. É melhor um médico com formação medíocre, mas boa vontade, do que não ter nenhum ou contar com um daqueles que mal olha na cara dos pacientes.

Quando as associações que nos representam saem às ruas para exigir que os estrangeiros prestem exame de revalidação, a meu ver cometem um erro duplo.

Primeiro: lógico que o ideal seria contratarmos apenas os melhores profissionais do mundo, como fazem americanos e europeus, mas quantos haveria dispostos a trabalhar isolados, sem infraestrutura técnica, nas comunidades mais excluídas do Brasil?

Segundo: quem disse que os brasileiros formados em tantas faculdades abertas por pressão política e interesses puramente comerciais são mais competentes? Até hoje não temos uma lei que os obrigue a prestar um exame que reprove os despreparados, como faz a OAB.

O purismo de exigir para os estrangeiros uma prova que os nossos não fazem não tem sentido no caso de contratações para vagas que não interessam aos brasileiros.

Esse radicalismo ficou bem documentado nas manifestações de grupos hostis à chegada dos cubanos, no Ceará. Se dar emprego para médicos subcontratados por uma ditadura bizarra vai contra nossas leis, é problema da Justiça do Trabalho; armar corredor polonês para chamá-los de escravos é desrespeito ético e uma estupidez cavalar.

O que ganhamos com essas reações equivocadas? A antipatia da população e a acusação de defendermos interesses corporativistas.

Agora, vejamos o lado do governo acuado pelas manifestações de rua que clamavam por transporte público, educação e saúde.

Talvez por falta do que propor nas duas primeiras áreas, decidiu atacar a da saúde.
A população se queixa da falta de assistência médica? Vamos contratar médicos estrangeiros, foi o melhor que conseguiram arquitetar.

Não é de hoje que os médicos se concentram nas cidades com mais recursos. É antipatriótico? Por acaso, não agem assim engenheiros, advogados, professores e milhões de outros profissionais?

Se o problema é antigo, por que não foi encaminhado há mais tempo? Por uma razão simples: a área da saúde nunca foi prioritária nos últimos governos. Você, leitor, lembra de alguma medida com impacto na saúde pública adotada nos últimos anos? Uma só, que seja?

Insisto que sou a favor da contratação de médicos estrangeiros para as áreas desassistidas, intervenção que chega com anos de atraso. Mas devo reconhecer que a implementação apressada do programa Mais Médicos em resposta ao clamor popular, acompanhada da esperteza de jogar o povo contra a classe médica, é demagogia eleitoreira, em sua expressão mais rasa.

Apresentar-nos como mercenários que se recusam a atender os mais necessitados, enquanto impedem que outros o façam, é vilipendiar os que recebem salários aviltantes em hospitais públicos e centros de atendimentos em que tudo falta, sucateados por interesses políticos e minados pela corrupção mais deslavada.

A existência no serviço público de uma minoria de profissionais desinteressados e irresponsáveis não pode manchar a reputação de tanta gente dedicada. Não fosse o trabalho abnegado de médicos, enfermeiras, atendentes e outros profissionais da saúde que carregam nas costas a responsabilidade de atender os mais humildes, o SUS sequer teria saído do papel.

A saúde no Brasil é carente de financiamento e de métodos administrativos modernos que lhe assegurem eficiência e continuidade.
Reformar esse mastodonte desgovernado, a um só tempo miserável e perdulário, requer muito mais do que simplesmente importar médicos, é tarefa para estadistas que enxerguem um pouco além das eleições do próximo ano.


http://www1.folha.uol.com.br/colunas/drauziovarella/2013/09/1337995-demagogia-eleitoreira.shtml

Drauzio Varella é médico cancerologista. Por 20 anos dirigiu o serviço de Imunologia do Hospital do Câncer. Foi um dos pioneiros no tratamento da Aids no Brasil e do trabalho em presídios, ao qual se dedica ainda hoje. É autor do livro "Estação Carandiru" (Companhia das Letras). Escreve aos sábados, a cada duas semanas, na versão impressa de "Ilustrada".

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Qual é a Grande Procura do Ser Humano?


Há um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte.(Provérbios 16:25)

O ser humano desde os primórdios da existência humana, vive uma contante busca. Para alguns filósofos, a maior busca do homem é encontrar-se a si mesmo e realmente em alguns aspectos essa tem sido a grande busca da humanidade, mas, nesta busca de si mesmo, o ser humano tem partido por caminhos que certamente tem muito mais afastado, do que aproximado de si mesmo. Ao refletir sobre esse tema, me veio a mente a musica recentemente gravada pela Banda Éden "A Procura". Veja aletra desta musica:
Banda Éden


Em que caminho procuras bonança? 
Em que lugar procuras distração?
Em que caminho procuras confiança?
Em que tempo paz para o coração?

Se neste caminho não foi
Se neste lugar não achou
Se nesse amigo não pôde confiar
O tempo perdido passou (bis)
Agora novo tempo despontou

A vida é o caminho em que procuras
O pé da cruz é o lugar ideal
O amigo que procuras todo tempo
É Cristo que te dar a paz real

A musica nos diz que o caminho em que procuramos bonança, tranquilidade, estabilidade é a vida, e nem sempre ela nos proporciona tudo isso que almejamos, as vezes as intempéries desta vida nos trazem angustias e desilusões.

Quantas vezes tentamos nos encontrar nas distrações que nos são apresentadas e por vezes essas "distrações" que a vida oferece nos afasta demasiadamente de nós mesmos, quantas pessoas desencontradas nas drogas licitas ou ilícitas e em tantas outras formas de hedonismo destrutivo que tem escravizado as pessoas.

Até mesmo quando tentamos nos apoiar em um amigo, por vezes somos decepcionados, já que, as verdadeiras amizades são tão raras, entretanto existe um amigo que esse é verdadeiro, o seu amor para conosco é incontestável, pois, ele morreu em nosso lugar, e só se depositando nos braços deste amigo que é Jesus Cristo, poderemos verdadeiramente nos encontrar e encontrar a paz real que ele tem para cada um de nós.

Você quer realmente se encontrar? A sua procura só terá fim, quando você encontrar-se verdadeiramente com Cristo. Não estou falando de uma ou outra religião, estou falando encontrar e reconhecer Jesus Cristo como único e suficiente salvador de sua vida.

Que Deus nos abençoe.

Para ouvir a musica Clique Aqui

Sebastião Sena (bastiaosena@oi.com.br)

Outubro Rosa - Acesso do público prioritário à mamografia cresce 37%


O ano de 2012 registrou crescimento de 37% na realização de mamografias na faixa prioritária – de 50 a 69 anos - em comparação com 2010, no Sistema Único de Saúde (SUS). Os procedimentos somaram 2,1 milhões no ano passado, contra 1,5 milhão em 2010.

No total, o número de exames realizados no último ano atingiu a marca de 4,4 milhões, representando um crescimento de 26% em relação a 2010. Para estimular a detecção precoce do câncer de mama, o Ministério da Saúde dá início da campanha para conscientização das mulheres sobre o tema (disponível no site), reforçando as ações do movimento Outubro Rosa.

O movimento popular Outubro Rosa surgiu em 1992, nos EUA, e depois disso foi difundido mundo afora, como forma de alertar sobre os perigos do câncer de mama, promovendo ações de prevenção, como a realização de mamografias, palestras sobre a importância do auto-exame, diagnóstico precoce da doença e esclarecimentos sobre os possíveis tratamentos.

No Brasil, a FEMAMA é a instituição responsável pela promoção do Outubro Rosa, que já conta com a adesão de vários órgãos públicos e empresas da iniciativa privada, realizando inúmeras ações, como a iluminação de prédios e pontos turísticos em diversas cidades.


Em qualquer lugar do mundo, a iluminação rosa é compreendida como a união dos povos pela saúde feminina. Em Brasília, às 18h40 da terça-feira (01), o prédio Central do Ministério da Saúde e o Congresso Nacional foram iluminados com luzes cor-de-rosa.


O câncer de mama é a segunda causa de morte entre mulheres. Somente no ano de 2011, a doença fez 13.225 vítimas no Brasil. O rosa simboliza alerta às mulheres para que façam o autoexame e, a partir dos 50 anos, a mamografia, diminuindo os riscos que aparecem nesta faixa etária. Para que mais mulheres possam fazer o exame, o Ministério da Saúde investiu, em 2012, R$ 92,3 milhões - um aumento de 17% em relação a 2011.

Para agilizar o acompanhamento dos serviços oncológicos em todo o País, o Ministério da Saúde criou o Sistema de Informação do Câncer (Siscan). O software, disponível gratuitamente para as secretarias de saúde, permite o monitoramento do atendimento oncológico na rede pública por meio da inserção e processamento de dados, gerido pelo Ministério da Saúde. O sistema funciona em plataforma web e já tem a adesão dos 27 estados brasileiros, dos 17 já começaram a inserir os dados no sistema. O prazo para substituição dos demais sistemas pelo SISCAN termina janeiro 2014. A cobertura das informações também se estenderá a todos os tipos de cânceres. Até o momento, o sistema já recebeu mais de 104,3 mil requisições de exames, sendo 39,6 mil referentes a mamografias.

Sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a Lei 12.732/12, conhecida como Lei dos 60 dias, garante aos pacientes com câncer o início do tratamento em no máximo 60 dias após a inclusão da doença em seu prontuário, no SUS. O prazo máximo vale para que o paciente passe por uma cirurgia ou inicie sessões de quimioterapia ou radioterapia, conforme prescrição médica.


http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/13559/162/acesso-do-publico-prioritario-a-mamografia-cresce-37.html
(Só esperamos que essa Lei seja cumprida, pois, já existe muitas reclamações de pessoas que não estão conseguindo tratamento, a demora em casos de câncer é fatal).Do blog