A campanha inicia neste sábado (16), se estendendo até o dia
06 de julho, e será realizada em parceria com estados e municípios. A meta é
imunizar, contra a paralisia infantil, 95% do total de 14.1 milhões de crianças
menores de cinco anos de idade, o que representa 13,5 milhões.
Durante a apresentação da campanha, o ministro Alexandre
Padilha, reforçou a importância do Dia D . “Além de todos os impactos positivos
e um grande poder de mobilização, a campanha da pólio contribui para a
atualização do calendário de vacinação”, assegurou Padilha, destacando que os
pais têm um papel decisivo neste processo.
Ministro Alexandre Padilha fala no lançamento da campanha |
Em todo o país, 115 mil postos estarão funcionando, das 9h
às 17h. Além das unidades permanentes, shopping centers, rodoviárias, escolas,
entre outros locais, vão receber postos móveis. Cerca de 350 mil pessoas
estarão envolvidas na campanha, com a utilização de 42 mil veículos, entre
terrestres, marítimos e fluviais.
Serão distribuídas 23 milhões de doses da vacina oral.
O
Ministério da Saúde está investindo R$ 37,2 milhões em repasses do Fundo
Nacional de Saúde para os estados e municípios. Além deste valor, o Ministério
da Saúde também destinou R$ 16,7 milhões para a aquisição das vacinas. Neste
ano, a campanha acontecerá em etapa única.
A partir de agosto deste ano, as crianças que estão
começando o esquema vacinal, ou seja, nunca foram imunizadas contra a paralisia
infantil, irão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro
meses, com a vacina poliomielite inativada, de forma injetável. Já a terceira
dose (aos seis meses), a quarta dose (aos 15 meses) e os reforços continuam com
a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas.
VACINA– A vacina contra a pólio é segura. Ela se destina a
todas as crianças menores de cinco anos, mesmo as que estejam com tosse, gripe,
coriza, rinite ou diarreia.
No caso de crianças que sofrem de doenças graves,
recomenda-se que os pais consultem profissionais nos postos e centros de saúde,
para serem avaliadas se devem ou não tomar a vacina. Crianças com febre acima
de 38º Celsius, ou com alguma infecção também devem ser avaliadas por um
médico.
PREVENÇÃO - Não existe tratamento para a pólio e, somente a
prevenção por meio da vacina, garante a imunidade à doença. O Brasil está livre
da poliomielite há mais de 20 anos. O último caso no país foi registrado em
1989, na Paraíba.
Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Mundial da Saúde
(OMS) o certificado de eliminação da doença. E é apenas por meio da vacinação
que se pode garantir que o vírus não volte a circular em território nacional.
Apesar de não haver registro de casos de pólio há 23 anos no
Brasil, é importante manter campanhas de vacinação anuais porque o poliovírus,
causador da enfermidade, pode ser reintroduzido no país. Isso porque, o vírus
ainda circula no mundo. Entre 2007 e 2012, 35 países registraram casos de
poliomielite, sendo que três ainda são considerados endêmicos: Afeganistão,
Nigéria e Paquistão.
A DOENÇA - A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa
viral aguda que atinge, principalmente, crianças de até 5 anos. É transmitida
pelo poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas
expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de
higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em
um mesmo local, favorecem a transmissão.
O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e
o desenvolvimento da doença) é, geralmente, de 7 a 12 dias, podendo variar de 2
a 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação.
O poliovírus se desenvolve na garganta ou nos intestinos e,
a partir daí, espalha-se pela corrente sanguínea, ataca o sistema nervoso e
paralisa os músculos das pernas. Em outros casos, pode até matar, quando o
vírus paralisa músculos respiratórios ou de deglutição.
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