segunda-feira, 12 de novembro de 2012

ARTE DE CULPAR OS OUTROS




“Um dia Sarai disse a Abrão: – Já que o Deus Eterno não me deixa ter filhos, tenha relações com a minha escrava; talvez assim, por meio dela, eu possa ter filhos…” (Gênesis 16.2).

Sarai e Abrão tinham recebido uma promessa da parte de Deus. Para que ela se cumprisse, eles deveriam ter um filho. Sarai era estéril e o tempo avançava. Um filho, só por milagre. Mas ela não conseguiu esperar e fez aquilo que muita gente ainda faz em nosso tempo: decidiu ajudar Deus. Decidiu “fazer o milagre”.  Não sem antes culpar Deus: “Já que o Deus Eterno não me deixa ter filhos…”. Quando um crente começa a culpar Deus vai se envolver em enrascadas, sem dúvida alguma. A racionalização culpabilizante é indício de que a vida espiritual vai mal. E que mais problemas surgirão.
Sua solução foi fácil. O escravo era uma coisa, propriedade do dono. O filho que Agar tivesse com Abrão não seria filho de Agar, mas de Sarai. Ela era dona da escrava e o filho da escrava também seria sua propriedade. Simples, não? Nós temos algumas soluções tão simples que nos impressiona que Deus não veja como deve fazer as coisas.

Deu errado, como era de se esperar: “Quando descobriu que estava grávida, Agar começou a olhar com desprezo para Sarai, a sua dona” (v. 4). Logo Sarai precisou encontrar alguém para culpar. Desta vez culpou o coitado do marido: “Aí Sarai disse a Abrão: -Por sua culpa Agar está me desprezando. Eu mesma a entreguei nos seus braços; e, agora que sabe que está grávida, ela fica me tratando com desprezo. Que o Deus Eterno julgue quem é culpado, se é você ou se sou eu!” (v. 5). Mais uma vez ela envolve Deus na sua embrulhada. Antes ele era o culpado e agora é o juiz que deve decidir (mas ela já decidiu quem está errado). E foi em frente. Além de culpar Abrão, maltratou Sarai: “Abrão respondeu: – Está bem. Agar é sua escrava, você manda nela. Faça com ela o que quiser. Aí Sarai começou a maltratá-la tanto, que ela fugiu” (v. 6).  E mais tarde ainda aumentou a carga sobre a escrava: “Certo dia Ismael, o filho de Abraão e da egípcia Agar, estava brincando com Isaque, o filho de Sara. Quando Sara viu isso, disse a Abraão: – Mande embora essa escrava e o filho dela, pois o filho dessa escrava não será herdeiro junto com Isaque, o meu filho” (Gênesis 21.9-10).


Sarai, mais tarde conhecida como Sara, não era uma pessoa fácil de se viver. Faz poucas intervenções, no relato bíblico, e sempre intervenções que não a elevam muito. Parece ter sido uma pessoa de temperamento difícil. Mesmo assim tornou-se uma das heroínas da fé. Na galeria dos heróis da fé, em Hebreus 11, só duas mulheres são mencionadas nominalmente. Ela e Raabe. Deus a usou e se agradou dela apesar daquilo que podemos julgar serem defeitos de temperamento.  Longe de ser um estímulo a não procurarmos ser pessoas melhores, isto nos mostra o que é graça. Deus usa pecadores imperfeitos, cheios de falhas, e glorifica seu nome na vida delas. 
O grande problema de Sarai, mais que seu temperamento, foi não saber esperar. É o problema de muitos crentes. Como um irmão que orava: “Ó Deus, dá-me paciência! Mas eu quero agora!”.

Jesus soube esperar. Satanás o tentou para pedir pão, quando ele teve fome: “Então o Diabo chegou perto dele e disse: -Se você é o Filho de Deus, mande que estas pedras virem pão” (Mateus 4.3). Sabemos como Jesus reagiu. Mas o mais enriquecedor é como a história terminou: “Então o Diabo foi embora, e vieram anjos e cuidaram de Jesus” (Mateus 4.11). O socorro já estava a caminho, quando Satanás se apresentou. Era saber esperar. Tivesse cedido à sua fome, o Salvador teria caído e com ele todo o propósito de Deus. Muitas vezes Satanás chega primeiro. É preciso prestar atenção.

Na cruz ele também soube esperar. Aqueles momentos de dor e de vergonha pareciam intermináveis. Mas a cruz era necessária. “Desça da cruz e creremos nele!”. Creriam nada!  Não havia atalhos para o plano de Deus. O caminho da fé passa pela cruz. Este é o grande problema de muitos crentes. Eles querem atalhos, caminhos abreviados, têm pressa. Querem tudo sem sofrimento. O Salvador foi obediente, cumprindo tudo, e esperando a ação do Pai. O resultado é conhecido: “Por isso Deus deu a Jesus a mais alta honra e pôs nele o nome que é mais importante do que todos os outros nomes, para que, em homenagem ao nome de Jesus, todas as criaturas no céu, na terra e no mundo dos mortos, caiam de joelhos e declarem abertamente que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus, o Pai” (Filipenses 2.9-11).

Nossas soluções podem ser as mais fáceis (aos nossos olhos). Satanás pode chegar primeiro. Não que seja prestativo, mas porque é voraz. A ação de Deus vem no tempo certo. Saiba esperar. “Ponha a sua vida nas mãos do Deus Eterno, confie nele, e ele o ajudará” (Salmo 37.5). Deus faz as coisas certas no tempo certo.

Pr Fábio Guilhermino da Silva


Acidentes com animais peçonhentos crescem 157%




O desequilíbrio ecológico é uma das causas para esse aumento. O Ministério da Saúde alerta sobre os cuidados que a população deve adotar

Entre os meses de novembro a março, aumentam os acidentes provocados por animais peçonhentos, tanto na zona rural, como na urbana. Levantamento realizado pela Unidade Técnica de Vigilância de Zoonoses do Ministério da Saúde indica que houve um crescimento de 157% no número de notificações, nos últimos 10 anos. Somente em 2011, ocorreram mais de 139 mil acidentes, com 293 óbitos.

Os especialistas apontam inúmeras causas para esse aumento, entre eles o desequilíbrio ecológico, as chuvas que desalojam os animais entocados, e ainda coincide com o período reprodutivo de alguns desses animais. O coordenador da Unidade Técnica de Vigilância em Zoonoses do Ministério da Saúde, Eduardo Caldas, relaciona quais fatores que contribuem para o aumento dos acidentes. “As chuvas desalojam os animais que vivem em tocas, como escorpiões, aranhas e serpentes. Eles acabam procurando abrigo em locais mais secos, muitas vezes, dentro de residências, aumentando, dessa forma, a chance de ocorrência de acidentes”, explicou. 

O coordenador lembrou ainda que nesse período também aumentam as atividades nas lavouras, locais propícios para os acidentes com cobras. Ele citou outros cenários que corroboram para este aumento: “No verão, as pessoas aproveitam suas férias em atividades ao ar livre, como passeios em cachoeiras e trilhas, aumentando assim, o risco de contato com serpentes e outros animais peçonhentos”, enumerou Caldas.

Os acidentes, dependendo dos animais, são mais frequentes nas cidades do que no campo. A região Nordeste é campeã no número de acidentes com escorpiões, com 30.282 e a Bahia o estado com maior registro de acidentes 10.461. Em seguida vem o Sudeste com 22.579, em 2011, sendo Minas Gerais o estado com maior número de casos: 13.428. A região Sul registra o maior número de acidentes com aranhas do país: 18.052 casos em 2011; o estado do Paraná registrou 9.326 casos. As regiões Norte e Nordeste têm o maior registro de acidentes envolvendo serpentes: 9.329 e 8.184 casos, respectivamente.

CUIDADOS - O Ministério da Saúde alerta para os cuidados que as pessoas devem ter, além das medidas básicas de prevenção.  Em caso de acidentes, a pessoa deve ser encaminhada o mais rápido possível para o hospital. Durante o socorro, ela deve se mover o mínimo possível. O membro atingido deve ser colocado numa posição mais elevada em relação ao corpo e o local da picada pode ser lavado apenas com água e sabão. 

Em casos de acidentes por águas-vivas e caravelas, deve ser aplicada compressa de água gelada do mar (não utilizar água doce), e evitar esfregar a área acometida, ou aplicação de vinagre. Nunca colocar outras substâncias como urina, cachaça, borra de café, em nenhum tipo de acidente por animal peçonhento, pois pode ocasionar um quadro de infecção. O tratamento é oferecido gratuitamente em hospitais do SUS de todos os estados.

PREVENÇÃO – Para evitar acidentes com escorpiões e aranhas, a pessoa deve usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem; examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las; vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés; utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos; preservar predadores naturais como seriemas, corujas, sapos, lagartixas e galinhas; limpar terrenos baldios pelo menos na faixa de um a dois metros junto ao muro ou cercas.

Acidentes por serpentes - Não andar descalço, utilizando sempre sapados fechadas associados a perneiras (ou botas de cano longo), e luvas de couro nas atividades rurais e de jardinagem; nunca colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Controlar o número de roedores existentes na área para evitar a aproximação de serpentes venenosas que deles se alimentam. No amanhecer e no entardecer, evitar a aproximação da vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins, pois é nesse momento que as serpentes estão em maior atividade.

Acidentes com Lonomia (lagartas): Ao realizar atividades de jardinagem ou qualquer outra atividade em ambientes silvestres, observar bem o local - troncos, folhas, gravetos - antes de manuseá-los, fazendo sempre o uso de luvas para evitar o acidente.

Acidentes com abelhas: Abelhas e marimbondos são atraídos por sons, odores e cores, como sons de motores de aparelhos de jardinagem e som de motores de popa. No campo, o trabalhador deve atentar para a presença de abelhas, principalmente no momento de arar a terra com tratores. As retiradas de colmeias devem ser feitas, preferencialmente, à noite ou ao entardecer, quando os insetos estão calmos, com roupa protetora e, principalmente, por profissional competente.


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Se Preparando para hora final:Você esta Preparado?



E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, (Hebreus 9:27)

Ontem 2 de Novembro, em todo o Brasil foi celebrado o Dia de Finados, um dia em que os vivos, digamos assim, homenageiam os seus mortos, é um dia para refletirmos que a única certeza que temos na vida, é que um dia morreremos.

A palavra de Deus nós assegura que a morte não é o fim, o texto de Hebreus afirma que depois dela vem o juízo, portanto temos uma responsabilidade bem maior do que suponhamos, pois, precisamos nós preparar para este juízo, por enquanto, o nosso grande desafio é se preparar para as perdas aqui deste mundo material em que vivemos.

Narra-se antiga lenda de um rabino muito dedicado, que vivia feliz com sua esposa e dois filhos queridos.                                                                                                                                                                             Certa vez, por imperativos da religião, ele empreendeu longa viagem, ausentando-se do lar por várias semanas. No período em que estava ausente, um grave acidente provocou a morte dos dois meninos.
Apesar da imensurável dor da perda dos filhos e da ausência de seu companheiro, sua mulher encontrou forças em Deus para suportar com bravura aquele choque e preparar-se para dar a notícia ao marido, que era cardíaco.
Alguns dias depois, num final de tarde, o rabino retornou ao lar. Abraçou longamente a esposa e perguntou pelos filhos. Ela pediu que ele não se preocupasse com as crianças, que tomasse logo o seu banho, pois queria conversar com ele.
 Alguns minutos depois estavam ambos sentados à mesa. Ela lhe perguntou sobre a viagem, e logo ele perguntou novamente pelos filhos. A esposa, numa atitude um tanto embaraçada, respondeu ao marido:
- Deixe os meninos. Primeiro quero que me ajude a resolver um problema que considero grave.
 O marido, já um pouco preocupado perguntou:
- O que aconteceu? Notei você abatida! Fale! Resolveremos juntos, com a ajuda de Deus”.
- Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-me e deixou comigo jóias de valor incalculável, para que as guardasse. São jóias muito preciosas! Jamais vi algo tão belo! E o problema é esse: Ele vem buscá-las hoje e eu não estou disposta a devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você me diz?
- Ora mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca cultivou vaidades! Por que isso agora?
 - É que nunca havia visto jóias assim! São maravilhosas!
- Podem até ser, mas não lhe pertencem! Terá que devolvê-las.
- Mas eu não consigo aceitar a idéia de perdê-las!
E o rabino respondeu com firmeza:
- Ninguém perde o que não possui. Retê-las equivaleria a roubo! Vamos devolvê-las, eu a ajudarei. Faremos isso juntos, hoje mesmo.
- Pois bem, meu querido, vamos devolvê-las hoje mesmo. Na verdade isso já foi feito. As jóias preciosas são os nossos filhos. Deus os confiou à nossa guarda, e durante a sua viagem veio buscá-los. Eles se foram.
 O rabino compreendeu a e aceitou a mensagem. Abraçou sua sábia esposa, e juntos derramaram grossas lágrimas. Sem revolta nem desespero.


Muitas pessoas,  assim como esta mulher da ilustração, sabem dizer as palavras certas para confortar aqueles que passam por perdas de familiares de amigos, de pessoas amadas, muitos têm o dom da palavra para consolar e confortar, e isso é maravilhoso, mas mesmo com sábias palavras a dor da perda é imensa e custa a ser superada, se é que é realmente superada, pois por mais que nós preparemos, quando a morte chega ela nós abala profundamente.

Mas, não queremos falar apenas de morte, queremos falar de vida, porque a morte é uma condenação que recebemos por causa do pecado, entretanto, a vontade de Deus é que todos nos venhamos a superar a morte, por isso ele nós enviou o seu filho Jesus Cristo, para nós dar vida e vida eterna, e todo aquele que nele crê, tem a vida eterna, creia que a morte de Cristo na cruz do calvário, foi para livrar você da condenação da morte, morte espiritual, que é a separação eterna do homem do seu criador, ele te ama e quer te dar vida eternamente.

Que Deus nós abençoe.

Sebastião Sena - bastiaosena@oi.com.br